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O que é cash in e cash out?

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Você já ouviu falar nos termos “cash in” e “cash out”?

Eles são muito usados no mundo das transações de Investment Banking, sobretudo em fusões e aquisições. Como o mercado financeiro não tem o hábito de traduzir ou simplificar os vocabulários do dia a dia, fica parecendo que estamos falando de coisas muito chiques. Ou complexas. Ou os dois.

Na verdade, eles só indicam para onde estão indo os recursos de um investidor numa transação. Ou seja: quanto desse recurso está indo diretamente para o caixa da empresa, para investir nas suas atividades, e quanto está indo para outros lugares. Tão simples quanto isso.

Mas calma, vamos explicar melhor.

O que é Cash In?

Quando os recursos do investidor vão direto para o caixa da investida são chamados de Cash In. “Cash”, em inglês, significa “dinheiro”, e “in” significa “dentro”. Na prática, representam os recursos que ficam dentro da empresa, para investimento em suas atividades, visando seu crescimento.

Em fusões e aquisições, a dica para saber se houve Cash In é olhar para a quantidade de ações/cotas. Se novas ações/cotas foram emitidas, houve Cash In. Simples assim.

Já numa transação de crédito, a dica é menos sutil: houve Cash In quando ocorreu aumento no estoque de endividamento da empresa imediatamente após a transação. Em outras palavras: quando ela passou a dever mais, somando todas as dívidas.

O Cash In é a opção favorita dos investidores em geral, e é fácil descobrir o porquê. Imagine que você é um gestor de um fundo de investimentos e duas empresas batem na sua porta. A primeira deseja usar seus recursos para crescer e se tornar mais forte no futuro; já a segunda, alega que precisará usar quase todo o dinheiro para pagar credores ou a saída de sócios, que estão se aposentando.

Qual delas você acha que tem mais chances de ter um desempenho melhor após o seu investimento? Sem dúvidas, o que se espera é que a empresa que usou todo o recurso na sua produção tenha um desempenho melhor. E investidores querem empresas com as melhores performances possíveis no seu portfolio.

Outro aspecto importante é que, em fusões e aquisições, após a entrada de um investidor numa rodada Cash In, os sócios anteriores são diluídos. A forma de cálculo dessa diluição nem sempre é conhecida; há quem pense que, numa transação de R$ 3 milhões, envolvendo uma empresa que vale R$ 10 milhões, o novo investidor teria 30% da nova sociedade.

No entanto, a forma correta de definir a participação do investidor numa transação totalmente Cash In é a seguinte:

Onde “x” será o percentual da sociedade detido pelo novo investidor, “Cash In” é o valor do aporte desse investidor destinado ao caixa da empresa e “Vpre” é o chamado “valuation pre-money”, ou seja, o valor de mercado da empresa antes de a transação acontecer. Nesse caso, fazendo os cálculos, descobrimos que esse investidor não teria 30%, mas sim 23,07% da sociedade.

E um Cash Out, o que é?

Quando os sócios querem vender suas ações/cotas da empresa, ou quando ela deseja reestruturar suas dívidas, temos uma transação Cash Out. Ou seja, na qual os recursos não vão para o caixa da empresa, mas sim diretamente para o caixa de terceiros (dos sócios e/ou dos credores).

Esse tipo de transação é menos desejado pelos investidores em geral, mas existem casos em que, não só ela é possível, como também é uma condição para a realização do negócio como um todo.

No mundo das fusões e aquisições, quando há uma venda de controle acionário – venda de mais de 50% de uma empresa -, é muito comum que parte do valor da transação seja destinado aos acionistas diretamente através da compra das suas ações/cotas. Ou seja, um negócio parte Cash In, parte Cash Out. Já nas transações de venda total, por óbvio, todas são Cash Out.

Um investidor pode preferir realizar Cash Out quando entender que não depende dos atuais sócios para extrair boa performance da empresa no médio/longo prazo e, por isso, vai tirando-os aos poucos do quadro societário, comprando suas ações com o tempo.

Há também alguns casos em que um sócio exige alguma compensação em dinheiro para o fechamento da transação, mediante venda de parte de suas ações/cotas, sem necessariamente essa condição se estender aos demais sócios.

Uma vez que esta modalidade de transação não repercute na emissão de novas ações, não há necessidade de apresentar uma fórmula de cálculo como no Cash In. A parte da transação que configura como Cash Out é simplesmente uma troca de ações/cotas das mãos de Pedro para as mãos de Maria. Ou seja: a nova participação societária de Maria será o que ela já tem, somada à do João.

Já nas transações envolvendo crédito, Cash Out tem a ver com operações de reestruturação de dívidas, quando um credor assume as dívidas dos outros, geralmente sob condições de taxa e prazo mais confortáveis.

Também não é o tipo de operação mais desejada pelos bancos e fundos de investimento e, mais uma vez, é fácil entender o motivo: você aceitaria assumir as dívidas de uma empresa que está com dificuldades para honrá-las?

Mesmo que você aceitasse, o risco de ser o único credor suportando toda a dívida de uma empresa é muito grande. Numa Recuperação Judicial, por exemplo, vários credores juntos são mais fortes que um.

Conclusão

Transações Cash In são mais desejadas pelos investidores, mas são também aquelas em que haverá convivência dos sócios atuais e dos novos. Portanto, a fórmula de cálculo das participações societárias, o valor da transação, a análise das sinergias e as regras de convivência tornam esse tipo de transação mais desafiadora do que parece.

Por outro lado, transações Cash Out são, frequentemente, música para os ouvidos dos empresários, seja por prover liquidez aos sócios, seja por reestruturar suas dívidas para uma nova configuração, mais confortável. No entanto, a menor quantidade de investidores dispostos a olhar com bons olhos este tipo de transação exige uma jornada de busca mais exaustiva.

Seja seu desafio preparar sua empresa para uma transação Cash In, seja buscar o investidor certo para uma transação Cash Out, não importa: esse será, com certeza, um dos maiores negócios da sua vida e você precisará estar pronto para ele.

Então, não tenha resistência em contar com ajuda profissional. Prepare-se com antecedência, esteja acompanhado por bons assessores e escolha um bom champagne para celebrar!

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