“Me apresente um investidor e eu te pago 3% sobre o valor da transação”
O que você achou dessa proposta? Cara ou barata?
A resposta não é nem “depende”, a resposta é: “não importa”.
Pois, feliz ou infelizmente, no mundo do Investment Banking e das transações complexas, só unir pontas está longe de ser o suficiente para uma transação de sucesso.
Vou contar uma breve história para explicar melhor.
Semana passada fiz uma reunião com um Gestor de um Fundo de Investimento Imobiliário. O que ele procura: imóveis com renda para aquisição, em todo o Brasil, com valores superiores a R$ 30 milhões, preferencialmente logísticos. Simples, né?
Pois é… Ele fez 11 investimentos no ano de 2021, menos de um por mês. Ganha um chocolate quem acertar o número de empresas que o abordaram no mesmo período.
Acertou quem chutou algum número entre 1400 e 1500 originações. Não, você não leu errado: o Gestor de um fundo de renda imobiliária e seu time analisaram quase 1500 oportunidades de investimento no ano inteiro, escolheram apenas 11 delas. Menos de 1%.
Conclusão, para fechar uma boa transação no mundo do Investment Banking não basta “conhecer alguns investidores”. É preciso:
- selecionar, cuidadosamente, aqueles mais compatíveis com você;
- produzir uma série de material técnico, respeitando as melhores práticas do mercado;
- estar preparado para negociar com tubarões
Só assim, você tem chances reais de estar entre o 1% das melhores propostas dos investidores.
Em resumo, é como costuma dizer nosso CEO João Vitor Carminatti: “você não pode ser só mais um”.
Voltando à pergunta: 3% apenas para unir pontas, é caro ou é barato? Não sei. Mas sei que sai muito mais caro do que pagar o dobro disso, mas levar pra casa toda a infraestrutura (tecnologia e pessoas) necessária para uma transação bem sucedida. Agregação de valor é a palavra chave.
Aliás, quanto custou aquele seu último negócio que, além de não sair, ocupou dois anos da sua vida?