O Imperativo do CEO: como os líderes de hoje podem encontrar as oportunidades de amanhã?

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A pandemia exige que as empresas desenvolvam um novo DNA para atingirem o sucesso.

 

*Por John de Yonge

 

A chegada com força total das novas tendências após uma pandemia global exige que as empresas que desejem atingir o sucesso adotem um novo DNA para seus negócios. Os líderes não têm escolha a não ser acelerar o ritmo das suas mudanças organizacionais, aproveitando este momento para não apenas se tornarem os líderes do mercado, mas, também, verdadeiros formadores de mercado.

Nosso estudo do Imperativo do CEO, feito a partir de pesquisas com 305 CEOs, revela que, embora os líderes tenham a intenção de transformar suas empresas, eles possuem grandes lacunas em sua capacidade de execução.

Acabar com essas lacunas para alcançar ambições de crescimento exige que os CEOs mudem completamente. Eles devem reorientar suas empresas para um ritmo de transformação contínua, a fim de gerar um crescimento sustentável e entregar um valor de longo prazo para todas as partes interessadas, de clientes e funcionários, a sociedade e investidores. Acreditamos que as empresas formadoras de mercado podem alcançar essa valorização exponencial e obter vantagem competitiva por meio da incorporação de três valores:

  • Humanos no centro de tudo: uma centralização radical no cliente – bem como uma cultura de empresa bem pensada e estimulante – incorpora a agilidade para se mover na velocidade das mudanças do mercado e do cliente.
  • Rapidez na tecnologia: tecnologias avançadas estão impactando cada vez mais a forma como as empresas desenvolvem seus modelos de negócios e modelam as experiências de seus clientes e funcionários. Direcionar a tecnologia para a criatividade e implantá-la mais rapidamente é essencial.
  • Inovação em escala: as empresas devem cultivar uma cultura de inovação ágil e colaborar com um ecossistema de constante evolução, comercializando suas invenções e movendo-se rapidamente para novos mercados.

 

Adotar esses três valores, junto com uma cultura organizacional ágil, pode ajudar as empresas a fornecer, a longo prazo, produtos de maior valor às partes interessadas, maximizar seu potencial de crescimento e se preparar para capitalizar as oportunidades emergentes.

Temos plena consciência de que o desafio que os CEOs enfrentam é enorme e um teste severo de coragem para liderar. É por isso que escrevemos o Imperativo do CEO: para ajudar os líderes a reformular o futuro de suas empresas, equipando-os com ideias que os ajudarão a chegar a respostas fundamentais para definir ações tangíveis.

 

Capítulo 1

 

As empresas do futuro estão entrando em foco

 

Os líderes enfrentam obstáculos significativos para que suas empresas evoluam e adquiram as características de um futuro negócio de sucesso.

Onde você tradicionalmente concentra os investimentos focados na transformação de seu negócio? A maioria das empresas visa áreas isoladas desse negócio, visando eficiência, otimização ou reformular uma função específica que já é executada normalmente em seu dia a dia. No entanto, o modelo de transformação que está sendo exigido agora é diferente e de maior urgência, obrigando os líderes a trocar de marcha e efetuar mudanças significativas para aproveitar as oportunidades que estão por vir.

Mas o ponto de partida é diferente para cada empresa. Alguns, “campeões”, entraram na pandemia com um crescimento mais forte e estão prontos para estender essa liderança sobre seus parceiros de negócios. Outros, os “sobreviventes”, já estavam em uma situação mais fraca e perderam terreno com o desdobramento da pandemia. Enquanto os campeões estão acelerando a transformação e investindo em novas iniciativas para crescimento, os sobreviventes tendem a desacelerar o ritmo de suas mudanças organizacionais e se concentrar mais ainda em reduções de custos.

Agora, à medida que os campeões buscam ampliar sua liderança e posições em relação ao mercado, eles devem adotar uma mentalidade de transformação contínua, em constante evolução e em busca de novos recursos que irão sustentar o novo DNA da empresa.

Da necessidade de destruir e reimaginar modelos de negócios, até a digitalização e mudança das expectativas dos clientes, as empresas estão sendo compelidas a evoluir a forma como operam e entregam seus produtos. 

Os quatro atributos a seguir destacam-se como elementos essenciais do novo DNA empresarial de sucesso.

 

O uso de dados como facilitadores estratégicos e operacionais

O papel dos dados como vantagem competitiva e facilitadores estratégicos no engajamento, inovação e agilidade do cliente ganhou destaque. De fato, produtos e serviços movidos a dados e tecnologia inteligente estão criando novas maneiras de viver e trabalhar, remodelando mercados e conectando ecossistemas em crescimento.

CEOs de alto escalão precisam não apenas entender a importância dos dados, mas também reformular como eles os obtêm, gerenciam, usam e escalonam. Adotar uma abordagem que prioriza valor e incorporar uma confiabilidade maior aos dados, modelos de negócios e tecnologias avançadas, certamente impulsionará a inteligência em execução na empresa e, por fim, fornecerá a criação de valor de mercado sustentável e direcionado.

 

Novos modelos de talentos para transformação contínua

Abraçar e operacionalizar a transformação contínua depende de incutir uma cultura de agilidade, inovação e diversidade. Atrair talentos diversos, ao mesmo tempo que aprimora e requalifica talentos existentes, requer novas métricas e estruturas organizacionais. Galvanizar e inspirar a força de trabalho, ao mesmo tempo que permite que os funcionários sejam ágeis em face das mudanças implacáveis, será essencial para gerar crescimento.

A forma como trabalhamos está mudando drasticamente, e os CEOs, bem como os RHs, precisarão atualizar sua estratégia de aquisição e administração de talentos para ganhar a lealdade e o comprometimento dos funcionários, entregando, em última instância, a agilidade e a transformação contínua exigidas.

 

Foco em ecossistemas

A integração bem-sucedida do negócio em ecossistemas empresariais será uma característica definidora de uma futura empresa de sucesso. Nos últimos anos, vimos as fronteiras da indústria implodirem e novas ameaças surgirem. Cada vez mais as empresas estão mudando para um sistema onde existe a cooperação entre empresas concorrentes, além de adotar modelos de negócios presentes em seu ecossistema em um esforço para alcançar a liderança de mercado.

 

Liderança ancorada no imperativo humano 

O desafio de entregar valor a uma gama cada vez maior de interessados requer uma liderança forte, decisiva, empática e centrada no ser humano, com foco na inovação, fomentando a confiança e modelando os traços desejados para o negócio. O aumento da digitalização, a proeminência dos dados e análises das tomadas de decisões, bem como a mudança contínua do trabalho presencial para o remoto estão fazendo com que as qualidades humanas das lideranças ganhem destaque.

Liderar com compaixão, dar exemplos de criatividade e responsabilidade e fomentar uma mentalidade transformadora em toda a empresa se tornaram as três principais características dos CEOs de sucesso para gerenciar os desafios e oportunidades nos próximos cinco anos ou mais.

 

Capítulo 2

 

Incorporando três valores interconectados

 

Incorporar esses valores em cada aspecto da transformação multifuncional e contínua das empresas aumentará a capacidade de adaptação do seu negócio.

Então, como CEOs orquestram e reformulam suas empresas para o futuro? Recomendamos que os CEOs e suas equipes trabalhem de trás para frente e planejem sua estratégia para o futuro incorporando três principais valores interconectados: colocar os humanos no centro do negócio, abraçar a tecnologia com rapidez e impulsionar a inovação em escala. “Ao se basear nesses três valores, as empresas podem garantir que os esforços de transformação se espalhem por toda a empresa, que é o que os prósperos sempre fazem”, disse o ex-líder de transformação da EY Global Consulting, Bill Kanarick.

 

Humanos no centro de tudo

Em sua essência, uma transformação bem-sucedida deve ser impulsionada pelo desejo de melhorar a experiência humana. As melhores estratégias podem falhar sem o talento e mentalidade certos para executá-las. As inovações mais avançadas ou tecnologias de ponta podem te deixar na mão se perder de vista os valores humanos. Conforme os líderes avançam em suas estratégias, eles devem ver cada decisão, cada implementação de tecnologia e cada inovação de produto ou serviço através da perspectiva humana.

As empresas precisam se concentrar em como fazem e entregam seus produtos e serviços para encantar os clientes e oferecer-lhes soluções atraentes. Inerente a isso está o entendimento de que as experiências personalizadas tornaram-se, agora, impulsionadores muito maiores do consumo, exigindo uma abordagem diferente para inovação e engajamento do cliente.

Conforme as empresas correm para adotar tecnologias de ponta e impulsionar inovações revolucionárias, elas devem considerar cuidadosamente o impacto humano para mitigar riscos e criar relacionamentos confiáveis ​​com clientes, funcionários e parceiros do ecossistema. Colocar os humanos no centro de todas as decisões de forma consistente e persistente ajudou os CEOs a galvanizarem e motivarem os funcionários, bem como atrair clientes, dando-lhes uma vantagem competitiva e, em última análise, levando ao crescimento e a uma posição mais forte no mercado.

 

Acelerar a adoção de novas tecnologias de forma responsável

A pandemia nos catapultou para a era digital, literalmente, da noite para o dia. Sem surpresa, os resultados de nosso estudo confirmam a conclusão de que o investimento na aceleração da tecnologia se tornou um dos motores mais significativos da transformação.

Com novas tecnologias emergindo e amadurecendo mais rapidamente, as empresas que conseguem utilizá-las como instrumentos criativos terão um desempenho inerentemente melhor. As empresas precisarão implantar a tecnologia com mais rapidez para atender às necessidades em constante evolução de clientes, funcionários e parceiros do ecossistema de negócios.

No entanto, as empresas precisam considerar cuidadosamente o impacto humano de cada tecnologia antes da sua implantação em larga escala, à medida que aumenta-se, também, a consciência da população sobre os riscos éticos, de segurança e de privacidade. Os CEOs precisam prestar atenção especial à construção de confiabilidade entre a empresa e as partes interessadas para colher todos os benefícios proporcionados pela IA (Inteligência Artificial) e pela ciência de dados.

Alavancar e implementar a tecnologia com sucesso e velocidade exige a qualificação e requalificação dos funcionários, bem como a difusão de uma mentalidade transformadora em toda a organização e em todos os níveis.

 

Escalando a inovação com cuidado

A pandemia está forçando as empresas a repensar cada aspecto de seus negócios – design de produtos e serviços, modelos de negócios, modelo operacional e muito mais – direcionando cada um para a inovação e agilidade. Embora todas as empresas precisem proteger e reforçar seus produtos principais, elas também precisam adquirir o hábito de inovar continuamente e rapidamente.

As empresas devem olhar para fora, para outras empresas, para enriquecer seu potencial de inovação. A colaboração com parceiros do ecossistema e o cultivo de uma compreensão profunda dos pontos fracos e fortes da concorrência podem ajudar a descobrir ideias que serão adotadas por clientes, funcionários, mercados e sociedades inteiras. Eles também devem aproveitar dados e tecnologias inteligentes para alcançar a inovação mais rapidamente.

Além disso, à medida que as empresas trabalham seus mecanismos de inovação, elas devem garantir a proteção da privacidade e da segurança de todos os seres humanos envolvidos. Para realmente alavancar o valor de seus produtos, serviços e soluções inovadores, as partes interessadas devem confiar neles. Demonstrar um compromisso com a melhoria da condição humana por meio da inovação será fundamental para o sucesso.

 

Capítulo 3

 

Quatro maneiras de construir “a empresa do futuro”

 

Entenda as principais considerações que precisam ser feitas ao reformular e reequilibrar sua empresa na hora de realizar uma grande transformação.

A pandemia de COVID-19 agravou e ampliou as forças que já remodelavam os modelos de negócios há anos e, no processo, reformulando também o próprio propósito das empresas. O que está além da pandemia é um futuro mais dinâmico, exigindo que as empresas continuamente inovem, se mobilizem e impulsionem novos modelos de negócios. As empresas precisarão incorporar agilidade em todos os aspectos de seu negócio, ao mesmo tempo em que adotam uma mentalidade de transformação contínua enraizada e motivada pelo desejo de melhorar a experiência humana.

Se isso parece ambicioso, é porque é. Os CEOs devem tomar medidas ousadas e decisivas para religar, reorganizar e reorientar suas organizações para este novo mundo do trabalho. Eles devem tolerar a ambigüidade, tornar-se mais ágeis, aumentar seu apetite por riscos e cultivar agilidade para alavancar-se rapidamente em direção a novas oportunidades. 

Aqui estão as principais considerações que você deve fazer ao reformular e reequilibrar sua empresa na hora de realizar uma grande transformação:

  1. Utilize seu propósito corporativo para orientar a exploração de novas soluções, e comece a estabelecer a base estratégica necessária para garantir a relevância e a resiliência da empresa a longo prazo.
  2. Adote uma mentalidade de impaciência e insatisfação, buscando sempre o aprimoramento constante em todos os aspectos de sua empresa. Coloque-se no lugar de clientes, funcionários e parceiros do ecossistema, obtendo feedback direto para formar a tomada de decisões em todos os âmbitos de seu negócio.
  3. Direcione uma mentalidade centrada no ser humano em processos de inovação, adoção e implantação de tecnologia, bem como em todos os aspectos de sua cultura. Baseie se perguntando em como isso impactará seus funcionários, clientes, parceiros e a comunidade.
  4. Reformule a forma como você obtém, gerencia, usa e dimensiona os dados de você obtém de seus clientes e mercado, trazendo confiança ao núcleo que você trabalha e fazendo com que a tecnologia entregue seja confiável para clientes, funcionários, ecossistemas e potenciais órgãos reguladores.

 

*Texto publicado originalmente em EY

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